sábado, 5 de novembro de 2011

Comendo para Viver



É amigos, precisamos sempre avaliar nossos hábitos alimentares...
Você come para viver ou vive para comer?

Comendo para viver
por Fernando Travi


Nunca antes na história comemos tanto. Quase todas as atividades humanas giram em torno da mesa. Cozinhar é hoje um grande show e ajuda a vender quase tudo. Estamos vivendo para comer. Comer transformou-se em um evento social, em uma maneira de compensar frustrações, estimular-se e de gozo.

Toda esta expansão da atividade alimentar e a grande oferta de produtos de todos os tipos levaram a um consumo excessivo de produtos supostamente alimentares. Comemos muito e freqüentemente. E, ainda, comemos coisas muito processadas, artificialmente temperadas, coloridas, com formas e texturas estranhas as características originais dos produtos naturais.

A fome e o paladar são funções instintivas, ou seja, nascemos com impulsos naturais que nos protegem e nos capacitam a escolher os alimentos em qualidade e quantidades adequadas a nossa saúde. Mas, o que encontramos são os mais variados paladares e costumes em relação a quantidades. Cada família, cada etnia tem seus hábitos alimentares fruto de sua herança cultural.

Logo depois do nascimento começa o programa de transformar a natureza do bebê. Os pais se esforçam por impor os seus hábitos artificiais e logo tudo o que veio como bebê, seus instintos, seus gostos naturais são substituídos pelos dos pais e por orientações de especialistas em nutrição. O resultado desta desconstrução dos instintos é que nunca mais na vida a pessoa ela saberá o que é bom para ela e quanto deve comer.

A busca maníaca por sabores e os excessos alimentares são o resultado de uma cultura baseada em viver para comer e a perversão dos instintos naturais. Comemos demais e incorretamente e estes são as principais causas de uma saúde frágil e cambaleante. Precisamos voltar a sentir a voz de nossos instintos. Somente a manifestação de nossa verdadeira natureza nos dará a condição de poder escolher os alimentos que precisamos e na quantidade adequada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário